Sei que corro o risco de reprovação (E talvez textões, essa espécie de diarréia verbal do mundo virtual e de suas redes), mas me arrisco a pensar fora de um X-ista qualquer. Normalmente, esses episódios de verborragia são produtos de uma séria deficiência de leitura, logo, não merecem resposta, mas ajuda... Ah sim... não a minha.
Creio que parte dessa confusão começou em uma leitura facciosa da declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789).
Tudo começa com "Les hommes naissent et demeurent libres et égaux en droits" (os homens nascem permanecem livres e iguais em direitos). Em um texto de 17 artigos, a palavra direito aparece umas 14 vezes e, em nenhum momento, a palavra dever. O que, de certa forma, constitui uma falha de silogismo uma vez que são coisas indissociáveis, afinal, o meu direito de estar vivo passar pelo seu dever de não me matar.
Tudo começa com "Les hommes naissent et demeurent libres et égaux en droits" (os homens nascem permanecem livres e iguais em direitos). Em um texto de 17 artigos, a palavra direito aparece umas 14 vezes e, em nenhum momento, a palavra dever. O que, de certa forma, constitui uma falha de silogismo uma vez que são coisas indissociáveis, afinal, o meu direito de estar vivo passar pelo seu dever de não me matar.
Entretanto, a leitura tortuosa que se fez nos faz supor que todos nós somos seres privilegiados por uma infinidade de direitos e dívidas da sociedade que antecedem a nosso nascimento e independentemente de nosso zelo com os nossos deveres, os direitos estão sempre ali, para sempre, ad aeternum et semper. A atual geração ressuscitou essa tortuosidade lógica e perpetua todo tipo de barbaridade comportamental com base nisso.
Somado a isso, existe o direito seletivo unilateral, uma bizarrice da atualidade, garantida por algumas correntes ideológica. Constitui esse no direito de ser ouvido e de fazer tudo que se considera (sic) para o bem o povo (sic de novo). Tudo isso vem mergulhado em teorias e filosofias messiânicas que trazem consigo o conceito de bem supremo e comum de coletividade, mais ou menos como foram também o nazismo e o fascismo. Muitos entoam o mantra Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado. É a anulação absoluta do indivíduo em nome de uma ideia de coletivo. Todo aquele que destoa e questiona a ordem (o bem supremo) é uma ameaça ao coletivo, logo, uma representação da oposição ao bem é... Isso! O mal. E contra o mal todo recurso é legítimo, inclusive a chamada violência do bem, aquela que atende os meus interesses, a que não atende é nociva, opressora... enfim, do mal.
Vejo muito jovens gritando contra um mal e levantando estandartes do bem, invocando para si a ideologia redentora e salvadora na nação brasileira. Eles elegem inimigos e fomentam o ódio e o preconceito contra todos que pensam diferente. Escondem essas atitudes por trás de discursos de tolerância e coexistência ideológica, mas na verdade, alimentam a agressividade, intolerância e ódio a todo e qualquer um que ouse questionar o seu conceito de bem.
Sei que são bem intencionados, querem o bem de seu país e que toda forma de meio espúrio que empreguem é em nome de um bem maior, seu povo, sua nação... Mas o meu grande medo é esse. Assim pensava a juventude hitlerista, a juventude fascista e toda forma de manifestação social que acabou no que acabou... Eles nunca visaram ao mal, mas a um conceito de bem de forma muito pessoal.
O resto da história conhecemos.
Vejo muito jovens gritando contra um mal e levantando estandartes do bem, invocando para si a ideologia redentora e salvadora na nação brasileira. Eles elegem inimigos e fomentam o ódio e o preconceito contra todos que pensam diferente. Escondem essas atitudes por trás de discursos de tolerância e coexistência ideológica, mas na verdade, alimentam a agressividade, intolerância e ódio a todo e qualquer um que ouse questionar o seu conceito de bem.
Sei que são bem intencionados, querem o bem de seu país e que toda forma de meio espúrio que empreguem é em nome de um bem maior, seu povo, sua nação... Mas o meu grande medo é esse. Assim pensava a juventude hitlerista, a juventude fascista e toda forma de manifestação social que acabou no que acabou... Eles nunca visaram ao mal, mas a um conceito de bem de forma muito pessoal.
O resto da história conhecemos.
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