sexta-feira, 24 de julho de 2015

O Atleta e a continência: uma tempestade em copo d'água

Nos últimos dias, surgiu uma polêmica sobre os atletas patrocinados pelo Exército nos jogos Pan-americanos no Canadá. A questão era a saudação que faziam quando subiam ao pódio, eles batiam continência. Pois é, aquele sinal de natureza militar com que se saúdam os pavilhões nacionais e autoridades. A mão que sobre esticada e toca a testa próximo a sobrancelhas.
Daí, foi feita uma tempestade em copo d'água pela imprensa, disseram que os atletas eram obrigados (ninguém é obrigado a nada e se houver uma diretriz no seu financiador que o incomode, troque de financiador.
Simples assim), disseram que os militares (nem todos os atletas bancados pelo exército necessariamente o são) seriam punidos se não saudassem dessa forma a bandeira, enfim, todo tipo de barbárie lógica para dizer que isso era uma apologia à ditadura militar. Um besteirol sem fim encoberto pela coisa do "subliminar" que poderia haver ali.
O fato é que o exército patrocina atletas que são militares e civis. Isso vem trazendo uma melhoria na imagem da instituição junto à sociedade há muitos anos e também traz mais medalhas para o Brasil. A continência, longe de ser uma ordem a ser cumprida, era, ao que parece, uma sugestão de identificação entre os atletas. Saudar a bandeira assim não era um grito de "Voltem, militares!", "Viva a ditadura!" e, da parte dos atletas, uma maneira de  saudar a bandeira da forma como aqueles que lhe proporcionaram estar ali o fazem. 
Mas foi tudo entendido errado e teve gente dizendo que isso daria margem para o Bradesco fizesse todos seus atletas fazerem um B do banco ou o sinal de seu logotipo quando estivessem no pódio.
Essa comparação de uma instituição financeira privada com uma instituição nacional, com mais de 100 anos, e que representa a segurança e soberania de uma nação é, além de sem precedentes, uma falta de respeito.
Isso encerra toda a argumentação possível. Não dá para prosseguir quando a base de comparação é essa. 
Aí você olha e encerra o papo com um : É... tá certo...

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