Nos últimos tempos, tem pipocado Brasil afora alguns grupos de consultoria na área empresarial de todas as formas. Inclusive alguns que têm à frente políticos que prestam assessoria/consultoria a empresas que precisam de uma ajudinha. Mas ajudinha para quê?
Muitas dessas “empresas” possuem executivos à sua frente muito bem qualificados e estruturas que funcionam. Então ajudinha para quê? Para crescer, diriam alguns. Mas se existem pessoas com competência suficiente para gerir o negócio com resultados, qual seria o viés para crescer acima do normal dentro da legalidade? Que fórmulas mágicas trazem esses consultores que ninguém sabe e só eles guardam como segredo?
É simples. O que muitas empresas querem é um serviço que as prepare para gastar menos mantendo a receita e isso se dá através de corte de gasto máximo (comprometendo a qualidade sempre) e sonegação aberta via fraudes fiscais. Dessa forma, alguns profissionais de “consulting” como muitos se autodenominam se tornou um especialista em economia-porca e crime fiscal. Só não sabe isso quem nunca atuou em cargo de chefia em uma instituição privada.
No caso de o profissional ter ligações com o governo, é pior ainda, pois envolve uso de informações privilegiadas e tráfico de influência, coisas descaradamente praticadas de Norte a sul no Brasil. Criou-se no País uma ramificação do crime que vale a pena e que se encontra escondida nas brechas da lei, uma atividade profissional que se especializou no desenvolvimento do delito legal, da infração escondida nas entrelinhas de uma legislação mal elaborada e/ou mal intencionadas.
Sei que há gente séria no meio e fico feliz quando encontro com um que não tenha um histórico passível de enquadramento no código penal.
O crime, no Brasil, ainda vale a pena... Depende de onde.
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