sábado, 10 de outubro de 2009

Educação e limites não são antônimos

Vez por outra aparece um guru da educação anunciando o óbvio. Brada-se uma tautologia como se enunciasse a mais nova descoberta. É aí que tenho a sensação de que tudo que havia de inteligente a ser dito, já o foi. Resta agora proclamar a obviedade em tons de sentença bíblica. O homem deve seguir o seu destino.... e alguém pensou que não devesse. Sim... mas que destino é esse? A educação legítima é aquela que liberta. Tá bom... me mostra o cara que disse que a legítima é a que aprisiona que eu dou uma coça nele. O saber é O SABER.. vixe! Isso é gastroentestinalmente profundo.
Educar é dar limites...
Isso é o obvio do óbvio e o que mais me assusta é que um cara tem que escrever um livro para as pessoas deixarem cair essa ficha... Quem foi que disse que dar limites é oprimir? Dar limites é ensinar as regras do jogo, é preparar o indivíduo para saber até onde ele pode ir e como essa consciência lhe permite tirar o máximo de proveito da sua relação em seu meio. Não dar limites sim, isso (paradoxalmente) é oprimir, é encarcerar o indivíduo e torná-lo escravo dentro da sua própria impulsividade.
Escravo de seus instintos mais bestiais.


3 comentários:

Anna Paula disse...

Educar é transcender, é amar.
Acho que vc entende!
bjim

Patrícia disse...

A questão é que, sem limites a pessoa fica prisioneira de si mesma. Não pensa nos outros e acha que o mundo gira em torno do seu umbigo. Limitar não é castrar, acho que é conscientizar, democratizar.

Lívia disse...

Limites. Estes também precisam de limites, rs. E como precisam fazer parte de nossa vida... E assim talvez superá-los ou fundamentá-los melhor. Eles nunca podem ser estáticos, vai sempre se ter um limite a sua existência, como quase tudo nesta vida. Inclusive os limites da educação. São necessários, mas não podem sobrepor tudo. Há um limite...

E, no mais, vamos sempre ser escravos. ;)