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sábado, 6 de setembro de 2014

De médico e louco... Será que todo mundo tem um pouco? Ou um muito?

Paro de ler meu jornal...
Penso que tenho sérias razões para crer que estamos vivendo uma epidemia de paranóia de perseguição. No trabalho, em casa, no clube, nas ruas em todos os lugares encontro pessoas que incorporam ideias obsessivas que assumem tom de verdade absoluta. Chego a me perguntar se não estão certos e eu é que estou alienado a tudo e todos, uma espécie de autismo opcional de minha parte.
Conheço pessoas que têm certeza de que perderam o emprego ou o relacionamento por causa de conspirações que vão além da nossa compreensão. Tramas engendradas de tal forma, envolvendo mentiras, jogo de poder, rancores, armadilhas de linguagem, arrivismos internos, enfim, elementos de uma trama de Hollywood. Há conspirações por toda parte e aquela pessoa que te sorri, na verdade, aguarda o momento para, ao ouvir a palavra-chave, fazer o seu papel na imensa trama para puxar seu tapete ou desforrar um rancor guardado há anos de algo que você nem sabe que foi capaz de atingi-la... Há uma enorme armação para o destruir, para o desacreditar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paranóias batcterianas e virais

Outra dia eu assistia a um programa desses de encher horário pela manhã e os apresentadores discutiam os males que existem no trato incorreto dos panos de prato. Levaram panos de prato para laboratório para constatar que havia milhões de bactérias que poderiam causar outros milhões de males. Mostravam todos os cuidados quase cirúrgicos que devemos ter com os panos de prato. 
Lembrei-me de imediato de um quadro do Fantástico em que um medico só falava de como existem bactérias no seu celular, nas maçanetas, nas paredes, no volante dos carros, nas canetas que usamos, no ar que respiramos, na saliva das pessoas quando elas falam, na roupa que vestimos, nos talheres que usamos, nas calçadas em que andamos, no ônibus em que viajamos, enfim, em tudo que nos cerca. 
Que o mundo é hostil eu já sabia há muito tempo, mas ganhamos subsídios para potencializar essas ideias. Ganhamos alimento para nossa paranóia de cada dia. Daí,  surgirem uns malucos de tempos em tempos que lavam a as mão milhares de vezes por dia ou que só saem de casa com luvas (e máscara) para não tocar em nada. O alimento de toda zuretice vem daí, cabeça fraca + paranóia da mídia = birutice. 
Gastam todo um programa alimentando a ideia fixa e a paranóia, mas não dedicam 5% dele para contar aos colegas que a natureza nos fabricou com um “software” que vem de fábrica instalado chamado sistema imunológico e se esse universo infinito de bactérias e vírus fosse razão para tirar o nosso sono teríamos morrido antes de completar 6 meses de idade. 
E se você leu este texto até aqui quer dizer que seu sistema imunológico funciona. 

Se bem que... Já pensou em quantas bactérias podem existir no teclado desse computador, ou no mouse, ou mesmo nessa cadeira em que sento? Vamos levar para laboratório? 

Não. Obrigado. Deixe-nas aqui. Já até me afeiçoei a elas.