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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Cheiro, polêmicas e saudades


Desculpem-me os "amantes" da fruta, mas açaí tem gosto de cheiro de terra molhada, daí eu não consigo comer. Mas um amigo me jurou que eu não gosto de açaí porque eu nunca comi um açaí com granola, leite condensado, jujuba, amendoim, banana, bala fine, castanha, calda de morango, leite em pó e chocolate granulado.

O que me faz pensar: Será que ele gosta de açaí mesmo???

Mas eu gosto mesmo é de cheiro de cânfora. Aquele cheiro de Vick Vaporub que invade nosso nariz e nos lembra o carinho de mãe e avó que passavam no nosso peito para a gente melhorar. Passavam no nosso pé para pararmos de tossir... funcionava? Não sei. Mas aquele carinho curava tudo. Hoje, se sinto o cheiro de cânfora, vem a minha cabeça minha avó passando no meu peito para eu expectorar, vem a minha mãe passando no meu pé e calçando meio parar eu parar de tossir.

Sentir isso tudo de novo não tem preço. Proteção, cuidado, carinho do cheiro de cânfora. 

Obrigado mãe, obrigado vó por terem me dado essas lembranças que enchem minha alma de paz e gratidão.

Encerro as linhas com o cheirinho de cânfora da latinha sobre minha mesa que inspirou essa crônica.  

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uma gaveta de memórias



"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim"
(Paralamas do  Sucesso, Tendo a Lua)


Janeiro é mês de revirar gavetas em buscas de lixo de papel para começar o ano no zero a zero com a rotina. Eu revirei as minhas, rasguei meus papéis e descobri no meio de tantos clipes, papéis, lápis quebrado, canetas que nem escrevem mais, um monte de pedaços de saudade. Notas fiscais que lembram uma compra, um momento, o primeiro colchão de casal. Romântico, não? Pois é. Era um Orthobon que custou... ah.. não importa. O que me ficou foi o passeio ao shopping para comprá-lo.
Há fotos que contam histórias de alunos-amigos ou amigos-alunos, tudo é uma questão do lado  que se olha. De amigos que ficaram e outros que morreram ainda que estejam “vivos”. Papel de bala e um guardanapo de companhia de aviação. Uma borracha velha e um monte de cartões de natal que teimam em morar na minha gaveta há anos. Em tempos de internet, eles não querem sair medo de bullyings dos emails. Não lhes tiro a razão.
Juntei meus cacos, rasguei meus trapos, poupei os mais entranhados na minha história. Os outros rasguei para não ocupar volume nem no meu cesto de lixo, nem em mim. Os que ficaram na gaveta, viram-me fechá-la lentamente com a promessa de voltar a vê-los ano que vem. Numa outra faxina de janeiro... A casa fica bem melhor assim.
Te vejo em 2013, Janeiro.