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sábado, 16 de julho de 2011

Quarenta anos.... a vida começa quando mesmo?

A vida começa é quando a gente nasce e termina, por razões óbvias, quando a gente morre. E ponto final. Aos diabos com os aforismos. Fala-se de crise da mulher, menopausa etc, mas e o homem? É barra fazer quarenta anos, um momento em que nossos traseiros ficam muito mais atraentes do que qualquer parte de nosso corpo uma vez que é ali, no bolso de trás, que carregamos a carteira e o documento do carro. 
Saímos da categoria homem de 30 e entramos na categoria tio. Daí, só há um caminho, a categoria Tiozinho ou coroa. Esse mundo era um campo totalmente desconhecido por mim e, como diz o Veríssimo, uma terra habitada somente pelos meus pais, tios e outros cuja convivência me davam uma sensação de “nossa! Como está longe isso para mim”. Pois é, não estava.
Aprendemos que os cabelos brancos ou a falta deles dá um certo ar de credibilidade, embora retire todo tesão que possamos despertar em qualquer criatura do sexo feminino. Aquele papo de que cabelo branco ou calvície é um charme é algo mais ou menos como “adoraria ter um tio legal  com cabelos brancos bem padrão. Igual aos programas de TV”. Sei não.. mas isso não é em nenhum momento elogioso e em nada contribui para minha autoestima de macho da espécie. 
Passamos a agregar definições a nós como super inteiro, super conservado, ou super qualquer coisas que não pareça caindo aos pedaços como era de se esperar de alguém da sua idade. Mais um tirambaço na sua autoestima (se é que você ainda ficou com alguma depois da história dos cabelos e da calvície charmosa).
Mas é isso. Tempo em velocidade avançada. Envelhecer é uma arte. A arte de entender que o tempo passa para todo mundo e que a única maneira de interromper esse processo é morrendo. Opção que, por hora, descarto. Não, muito obrigado.
E, antes que a mocinha que está me lendo me pergunte, eu respondo:
- Não. Provavelmente, eu nunca trabalhei com o seu pai ou mãe e não, eu não sou parecido com aquele tio seu que você não vê há anos. É impressão sua.


quarta-feira, 21 de maio de 2008

O paraíso, a criação da humanidade e a internet

Adão vivia no paraíso feliz e sozinho. Tinha tudo que precisava: um computador e conexão de internet (banda larga da DEUS Telecomunicações). Deus, o dono do provedor, só deu um aviso:
- Adão, se chegar um e-mail em seu outlook com um link anexando um arquivo executável, não clique, senão você vai ferrar todo o nosso criador, quer dizer, provedor.
- Adão levou isso numa boa. Chegavam e-mails de Fw:REPASSEM contando a história de uma menininha que tinha uma doença incurável que só poderia ser tratada com um transplante caríssimo... e Adão nem aí para isso... Chegaram e-mails com mensagens do tipo: Veja o que fizeram com suas fotos. Clique aqui. E Adão nem clicava. Até avisos da receita federal celestial chegavam e Adão ignorava.
Mas o tédio tomou conta dos dias de Adão que pediu a Deus para transferir uma mulher de outro setor para ficar ali com ele. Deus atendeu, mandou e acabou com os dias de sites eróticos e MSN adulto de Adão.
Os primeiros dias foram maravilhosos e Adão nem lamentou ter que ceder um tempo no PC para a Eva checar mensagens no Orkut. Tudo bem.... Age of Empire ficava para depois.
Um dia, Eva recebeu um spam que prometia revelar coisas que ela não suspeitava sobre uma determinada participante de um BBE (Big Brother Éden). Mas a Adão, por precaução, já havia desabilitado o recebimento de anexo do outlook. Eva recebeu este e-mail mais vezes e as mensagens no scrap de seu orkut se repetiam todos os dias. Ela não agüentou e pediu a Adão para abrir o arquivo. Ele, depois de resistir à idéia, acabou aceitando contanto que fosse aberto em um outro HD da máquina.
- Clique.

O final da história todo mundo já sabe. Deus teve um baita prejuízo, expulsou Adão do Paraíso e, hoje, ele e Eva moram em um lugar onde só tem conexão discada, PC deles é uma carroça e a lan house mais próxima fica a dois dias de viagem.

Adão chora de raiva toda vez que tem que baixar um e-mail com anexo e riscou o emule da sua vida.
Eva se cala, envergonhada.

Em tempo: um dia eu escrevi uma história parecida com este estilo em um post e teve um gênio que comentou que eu havia deturpado a história original. Que não era assim... E aí eu fico como? Shade... Chei de vontade de mandar o infeliz ir à merda, né.