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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Brindemos as nossas derrotas


Aprendi que há algumas coisas na vida, entre tantas, a que não damos nenhum valor, que, longe de serem objetos de revolta e ira, deveriam ser louvadas e benditas. A traição de um “amigo”, a demissão em um emprego, um negócio mal sucedido, um politicamente correto “insucesso”. As pessoas têm tanto horror a derrota que criaram até essa palavra bonita, mas consideravelmente escrota.
Muitos repetem, quando eu jogo, jogo para ganhar. Errado. Jogue para dar o meu melhor e aprender o máximo. Ganhar ou perder é uma consequência disso. É consequência de como encaramos isso. Ninguém, busca a derrota, mas entenda que recebê-la é a grande oportunidade que a vida nos dá de aprender muito.
Na vitória, sente-se a sensação de grupo, de amigos, de lealdade, de um amparar o outro. Na derrota, não. Ela filtra quem fica por perto e, às vezes, nos deixa sozinhos para aprendermos que nesse mundo viemos sozinho e dele partiremos assim. Não é prudente nos amparar demais nos outros. Na vitória, ficamos satisfeitos e entendemos que “em time que está ganhando não se mexe”. Na derrota, não. Somos obrigados a mexer, a rever conceitos, a quebrar a casca e mudar. Na vitória, acordamos no alto da montanha. Na derrota, não temos montanha. Vamos ter que aprender como se faz uma.
Vivemos numa sociedade confusa em relação ao conceito de vitória e derrota. Mistura sucesso com dinheiro, derrota com falência ou instabilidade profissional, enfim, mais dinheiro e notoriedade igual a sucesso; menos dinheiro e ostracismo, derrota. Entretanto, o problema não é o molde social do conceito, mas a sua aceitação dele.
Sendo assim, brindemos as nossas derrotas que nada mais são dos que as grandes oportunidades de crescimento de nosso espírito. Não falo em ser derrotado, mas em aprender a lidar com a adversidade e retirar dela o mais raro e escasso dos perfumes, o da maturidade.

Até porque tirar perfume de rosas é fácil, mas só os grandes mestres da vida são capazes de retirar o mesmo perfume de pedras.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mundo corporativo - o caminho avesso do sucesso

Costuma-se dizer que a grande escola que se tem são a dos piores líderes/chefes com quem se trabalha, a quem se deve o eterno agradecimento por tudo que ensinam a não fazer. Um dia, quando você olhar para trás, verá as grandes lições de inaptidão, despreparo e vaidade oferecidas que, se não mostram o caminho a ser trilhado, indicam a certeza do rumo para o desastre administrativo. Sendo assim, eis 11 dicas de como gerir um negócio em direção à derrocada.

1. Não ouça as pessoas que trabalham sob seu comando. Afinal, o chefe é você;
2. Seja intransigente. Ponto de vista... só existe o seu;
3. Adote o critério amizade e nunca competência para montar sua equipe;
4. Retire a autonomia dos setores totalmente. Até para ir ao banheiro solicitem autorização sua;
5. Aja sem planejar, fale sem pensar, decida sem projetar efeitos...
6. Ouça as fofocas e maledicências com se fossem uma fonte de informação legítima;
7. Trate os que lhe respondem com a altivez e arrogância de um rei;
8. Gaste com o que sua consciência mandar e poupe onde/quando achar melhor;
9. Nunca caminhe pelos seus domínios para que não percebam "os seus súditos" sua face mortal;
10. Ignore qualquer cumplicidade, você não precisa dos outros. Você se basta;
11. Decida sozinho. Afinal, você é o chefe;


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O fracasso de uma geração de pais


Não há uma receita para educar um filho, mas existem milhões de exemplos do que não fazer. Como pais, não devemos ter a ilusão de que nunca vamos errar, mas pelo menos que sirvam de exemplo para nós os erros que vemos no dia-a-dia.
Digo isso porque tomei conhecimento de um caso que deve ser modelo do que não se fazer com os filhos. O fato foi que um menino foi pego colando na escola e foram tomadas as devidas providências; confisco da prova, zero e ele foi para prova final. Os pais procuraram a escola para tomar uma atitude. Contra o filho que foi desonesto? Não. Contra a escola. Acentuaram em seu discurso que a escola foi severa demais, ameaçaram de processo, questionaram a professora, questionaram a escola, alegaram que todo mundo faz, mas pegaram o coitadinho para Cristo. Quer saber como essa história termina?
A curto prazo o menino continua com zero e de prova final e, a longo prazo, os pais dele vão saber e pagar um preço que vai fazê-los desejar voltar no tempo em que, um dia, eles lhe ensinaram que leis e regras são para serem burladas, que punições só se aplicam aos filhos dos outros e que limites é ele quem define para o mundo.
Mas o tempo não volta... não volta mesmo e eles não sabem a lição de vida que perderam a oportunidade de dar para seu filho.