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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Envelhecer é....


terça-feira, 19 de junho de 2012

Felizes aniversários nestas datas queridas...


Sempre dei pouca importância às datas comemorativas fossem elas quais fossem. A começar pelo meu aniversário que considero de há muito tempo uma mera formalidade que enche nosso perfil no facebook e Orkut de parabéns de muita gente que não se importa e nunca vai se importar com você, mas que se sente compelida colocar um insosso "parabéns, felicidades" na sua página da rede social.
Há muitos anos, acho que todos os dias são dias muito interessantes e isso esvai toda a graça dos chamados dias especiais. Entretanto, é importante perceber que mesmo entre todos os dias especiais, há um que é mais especial que os outros, que merece pausa, reflexão, cuidado, enfim, merece ser comemorado à moda própria. Pode ser o seu aniversário, o Natal, a Páscoa, o dia dos namorados.. sei lá. Pode ser um dia qualquer que você escolher. Que tal uma segunda-feira?  A odiada segunda-feira...
Sentado no chão brincando com meu filho caçula de bloquinhos de borracha empilhados, entre as risadas dele quando derrubava os blocos e suas caretinhas, entendi que somos o momento que vivemos. Entendi que, hoje, estou ali com ele, brincando, cuidando, mas que, amanhã, posso ser só uma sombra na lembrança dos meninos, uma fotografia numa folha, um retrato 3x4 em um documento envelhecido.
Em face dessa incerteza, tomou-me de assalto, não uma angústia, mas uma intensa vontade de escolher um dia para comemorar.
Escolhi as pessoas, escolhi o dia, desliguei o telefone, não abri a internet, sai por aí com eles para uma festa a quatro (Eu, minha esposa, Daniel, meu mais velho e Bruno, meu caçula). Sai para comemorar o melhor dia que um homem pode ter, o dia de hoje.
O mais é só especulação do que eu talvez nem sequer venha a existir.

Quinta-feira (dia 21), saio por aí para comemorar com eles o melhor 41º aniversário que um homem pode ter. Parabéns para todos nós, nestas datas queridas....

quarta-feira, 4 de abril de 2012

No fundo, no fundo.. e daí?


Sabe o que é legal com o tempo? Pois é, tem coisa legal em envelhecer. Todo mundo pensa que só tem coisa ruim como perder o cabelo, rugas, ficar grisalho (se não perder todos os cabelos, claro), digerir mal alguns alimentos, sentir cansaço mais intensamente e optar por uma cama a uma balada, enfim, parece que é o fim que se aproxima.
Mas não. O mais legal depois dos 40 é a ausência de necessidade de ficar dizendo quem somos e no que cremos o tempo todo. Tenho alguns colegas no facebook que me fazem ver essa linha do tempo com uma nitidez extraordinária. Por serem mais novos, sentem uma necessidade de gritar o tempo todo que são comunistas, de esquerda, evangélicos, católicos, gays, torcedores fanáticos de um time, tementes a Deus, engraçados, descrentes etc. Trata-se de um grito de desespero de que eu sou alguém, creio em algumas coisas e sou diferente de todos os outros.
Outros quem? Milhares de pessoas gritam a mesma coisa em um surdo coro de mesmice. Tentam ser diferentes sendo exatamente iguais a todo mundo. É esse o grande paradoxo da era moderna. Ser diferente, mas tão diferente que acaba sendo igual a todos que querem ser diferentes.
A maturidade traz isso de legal. A ausência absoluta dessa necessidade de gritar quem se é, onde se está, o que o faz diferente de todo mundo. O risco que existe é de que ninguém saiba quem você é, mas, a certa altura da vida, sabe de uma coisa, do fundo do meu coração...
E daí?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Disso fomos feitos


Outro dia eu tive a oportunidade de conhecer um trabalho chamado “the n**u project” por intermédio de um amigo meu, o fotógrafo Igor Alecsander, o profissional/artista mais sensível e competente do mundo da fotografia que eu tive o prazer de conhecer pessoalmente. Sugiro que acesso o site para entender melhor o que eu tenho a dizer nas linhas que se seguem (www.thenuproject.com). 
Os ensaios fotográficos são feitos com pessoas, mais exatamente, mulheres. Entretanto, existe um aspecto especial que torna o trabalho impecavelmente perfeito, são mulheres normais. Brancas, negras, morenas, velhas, novas, com cabelos lisos, outras crespos, rijas, flácidas, magras, gordinhas.. enfim, seres humanos normais que se distanciam do padrão mídia de beleza, um padrão efêmero que não nos informa que aquele é um ideal venal do corpo humano. 
Precisamos de trabalhos como esse para lembrar o que somos. Tenho certeza que se os defeitos da alma aflorassem no corpo como as rugas, celulites e estrias, as pessoas se cuidariam muito mais quando agem em seu meio, quando cultivam sentimentos mesquinhos e destrutivos, quando se inebriam de poder e agem como senhores da verdade, deuses na terra. Mas eles não aparecem e ficam ocultos por trás do belo rosto, do corpo duro, das formas rijas...
Enquanto isso, acreditamos no que vemos.
Muitos diriam que é fácil dizer isso quando se passou dos quarenta e o processo de envelhecimento é  visível e irreversível. Eu jamais refutaria tal argumento e ainda o completo: mais fácil do que dizer é entender e isso é um coisa que por mais que eu lhe diga, só o tempo irá lhe ajudar fazê-lo.

***

Em tempo
E por falar em hipocrisia, a palavra n**u deve ser lida sem os asteriscos que constituem um recurso para driblar o rastreamento de "imoralidades" do Dihitt... aliás todo o texto foi alterado para isso, pois foi bloqueado na primeira vez que foi postado. Como se vê, poucas vezes, você puderam ver um post tão pornográfico e imoral como esse.