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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Atualizando definições de respeito

Aprendi a respeitar profundamente as crenças individuais sejam elas quais forem e penso, sinceramente, que o fato de uma pessoa crer em algo que não me parece muito razoável não a torna errada e também não me torna superior por me parecer que aquilo em que creio é mais ajustado a minha razão. Lido com pessoas que adotam crenças, principalmente, políticas que me parecem tão desprendida da realidade, mas reconheço que elas se vinculam a uma razão própria dessas pessoas, mas não a minha. Enfim, respeito e não sinto necessidade nenhuma de mostrar que talvez estejam equivocados. Até porque não sei se estão equivocados dentro de suas lógicas pessoais.
Mas um dia conversando com um dos colegas que assumiu para si o papel de paladino por um mundo melhor (o mundo dele, é claro) e uma nova ordem mundial (baseada nas ideias dele, é claro) eu tive que atualizar minhas definições de respeito ao outro.

sábado, 28 de julho de 2012

Automedicação: o que há por trás da bondade de branco


O governo, primeiro, proibiu que remédios básicos como análgésicos, antitérmicos, antiácidos etc ficassem mais acessíveís ao consumidor nas gôndolas de farmácia. Tudo isso para evitar a automedicação o grande mal (segundo eles) de todos os males da modernidade. Um hábito terível que mata milhares e milhares de pessoas todos os dias, ou seja, algo muito pior do que as guerras, a AIDS ou o mesmo o câncer... (??).
Nessa semana que passou, a ANVISA voltou atrás. Podem colocar as Aspirinas em local acessível, pois a lei anterior não reduziu o mal do século XXI. E os homens de branco gritaram: isso é um retrocesso, milhões morreram por se automedicarem com seus comprimidos para azia. E os laxantes então.. Isso vai dar merda!
A verdade é que qualquer droga (manipulada ou natural) pode matar. De um quimioterápico a um comprimido de Melhoral ou um chá de boldo, estamos lidando com substâncias que pode levar o indivíduo à morte. Mas fazer uma tempestade em copo d´água por causa disso para obrigar que um enjoo matinal, por exemplo, o leve ao médico me causa mais estranheza do que me percepção de zelo. Imagina se todas as vezes que tivéssemos uma dor de cabeça fossemos ao médico? É lógico, dores persistentes, pedem isso, mas não é esse o caso. Cada enjoo, médico.. cada azia, médico... iria faltar médico.
Essa indignação com o uso de medicamentos simples (não estou falando de antibióticos ou coisas parecidas, claro), as proibições e os discursos inflamados parecem atender muito mais ao fortalecimento do ego e do poder corporativo de uma classe do que de qualquer preocupação com a saúde das pessoas. Parece reforçar aquilo que muitos médicos repetem a seus pacientes, ainda que, muitas vezes, não com essas palavras: Creiam em mim. Eu sou a verdade e a luz e aquele que crê viverá. Eu estou imune a erro e sou a única pessoa no universo capaz de saber o que é bom ou mau para você.
Desculpem, mas isso não cola e essa é uma dor de cabeça com que a classe médica vai ter que conviver para sempre...
Nesse caso, sugiro uma Neosoldina... mas se persistirem os sintomas procurem um médico, tá!?