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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Conspiração S.A – a verdade está lá fora.

Para início de conversa, o mundo não é um episódio gigante de 24 horas e você não é o Jack Bauer.
Pronto, agora vamos lá...
Vez por outra aparece um maluco com uma teoria de que o homem não foi à lua, que aquilo foi filmado em uma praia ou em um deserto, o mesmo que foi usado posteriomente para filmar Mad Max. Tentam comprovar sua tese com vídeos (tão duvidosos quanto os originais) e observações "geniais". Em outro momento, aparece alguém dizendo que a morte de Kennedy foi uma conspiração do FBI e da Cia para evitar que ele revelasse segredos de estado americano. E Marilyn Monroe, também.. ela sabia demais (sabia até fazer divisão com dois números). Outro aparece dizendo que Elvis não morreu, mas que foi abduzido porque era um ser híbrido.
Por aqui, surge um paranóico associando a morte de Tancredo Neves a um plano de dominação arquitetado pelas elites, o FBI (Por que sempre o FBI e a CIA?) para que ele não assumisse a presidência. Na verdade, ele teria sido envenenado com uma substância impossível de identificar por tecnologias em nosso planeta. Ele não poderia assumir porque representaria uma ameaça aos planos que já foram traçados há séculos por um conselho de imortais que redigiram um manuscrito que termina com a dominação da terra. E isso passa pelo Brasil, é claro.

E, para endossar a paranóia toda, ainda tem sempre um astrólogo, numerólogo, tarólogo, ou estudioso da Cabala para mostrar há uma coincidência mortal. Se pegar o número de meses do ano (12), diminuirmos pelo número de dias da semana (7) e pelo número de estações do ano (4), teremos, pasmem e se preparem para o que vou revelar.... o número um. É... o número 1, o início de tudo, o indivisível, o número fálico que simboliza o poder único da espada de um homem, aquele que virá no final dos tempos e dominará o planeta, o filho do cão. Nesse momento, ele está em UM lugar, esperando UM momento em que UM homem o despertará para UM novo amanhã e aqueles não crêem serão vítimas de UM espasmo que o jogará em UM chão a tremer... IMPRESSIONANTE não? É muito UM para ser coincidência...

As torres gêmeas em formato de dois “UM”, a bomba atômica comprida como um UM, a espada de um anjo guerreiro ergue-se como o UM, o órgão masculino, símbolo do poder do macho, ereto como o UM, quando temos dúvida sobre algo fechamos a boca e perguntamos com a sobrancelha franzida: hUUM .. Todos os sinais já estão aí. Você não vê porque não quer...

A verdade está lá fora.

Ou não?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Os sete pecados capitais de um blogue.. escolha o seu.

Próximo de fazer um ano de existência e de atividades como blogueiros (prefiro bloguista, mas vá lá), a gente se torna mais leitor do que qualquer outra coisa. Em um dia de pouco passeio pela blogosfera, leio de 10 a 20 blogues. Em dias de "à toa", coisa rara, perco a conta. E acreditem, virou mania. Leio por prazer de ler.
Gosto mesmo disso e já assumi como uma das minhas saudáveis perversões.
Há blogues que são geniais, belos textos, bons assuntos (não vou citar para não cometer injustiça, mas dê uma olhada no meu blog roll e nos que eu acompanho para ter uma idéia), outros nem tanto, textos ruins, montoeiras de vídeos do youtube, ctrl+C/Ctrl+V... vixe, que horror! Há cronistas geniais que ainda não o sabem, jornalistas sagazes ou mesmo poetas brilhantes. Do outro lado, há rascunhos mal feitos de projetos de intelectuais (são os poetinhas punk-rebeldes que rimam pus-luz-seduz-alcaçuz) em quem ainda não caiu a ficha (talvez nunca venha a cair) do quanto é ruim o que postam.
Há de tudo para tudo que é lado... Até houve uma época em que abri uma série de críticas ao que havia de ruim... (lá para maio, mais ou menos). Hoje, acho bom até o que é ruim, mas acredito que a morte de um blogue (naquela estatística dos 3 meses de vida) está ligada aos 7 sete pecados capitais da blogosfera.
Ei-los...

A ira
Quero ser crítico, mas não tenho bagagem intelectual para isso. Mas e daí, dane-se. O que vale é expressar o meu pensamento. Faço textos que reduzem as barras de rolagem do navegador a um pentelhinho de tão finas. Sou um gênio e odeio tudo que é estranho a minha genialidade (minha mãe disse que sou e ela não mente). Sou um intelectual (sic) e faço poemas irascíveis (ainda que não saiba bem o que isso quer dizer) que rimam pus com luz e terminam em atendimentos no SUS. Sou uma espécie de punk deslocado do tempo e atribuo todo meu fracasso ao sistema. E quem é você para me analisar?

A gula
Coloco um texto que fica vários dias e decido que não posto outro enquanto não tiver pelo menos 80 comentários. Sou guloso de comentário. Atolo as comunidades do orkut com minha presença... no oitenta e um, eu escrevo outro texto. Ando meio sem inspiração (embora eu também não saiba bem o que é isso). Ah, sei lá, nada a ver, mil coisas.

A inveja
Não gosto de ler, mas gosto de escrever (sic). Acho que tudo que é blogue que tem muita visita é ruim. Escrevo textos em que saio descendo a ripa e dando nomes aos bois. Falo mal de todo mundo e crio polêmica com o que vier pela frente... Não interessa. Você concorda? Pois eu discordo e quem é você para me julgar? Meus comentários em outros blogues? Sou contra tudo ,principalmente a qualquer coisa que você você seja a favor.

O orgulho
Não preciso da sua visita. Escrevo por escrever. Não está bom o texto? Coitado, você não entendeu. Expresso no meu blogue os capítulos do meu mais genial romance, e único, de 850 páginas. O que? Acha que colocar 50 páginas do meu livro em um post torna a leitura cansativa... paciência. O problema é que você não tem hábito de leitura. Não posso fazer nada. Só lamento. E quem é você para me julgar?

A avareza
Posto um texto a cada mês e participo das comunidades com tópicos do tipos "blogues atualizados no segundo semestre de 2008". Deixo claro que, se vai citar meu texto, faça os créditos, insira o link, informe o meu nome e coloque meu banner. Ah, e encaminhe um pedido de autorização para eu assinar reconhecer firma em cartório e devolver.

A preguiça
A última vez que atualizei foi em janeiro de 2008. Já até escrevi alguma coisa depois, mas aí... cara, nem lembro a senha. Aí ferrou. Comentar? Huum.. às vezes, sei lá... "Legal o texto". Passa no meu. http://... Para mim é o suficiente.

A luxúria
Descobri que existe cursor de estrelinhas, selos de blogues, banner colorido, propagandas em pop-up que te pagam 0,01 cada vez que alguém clica (vou ficar rico se a população da China em peso clicar no meu banner), fundo preto, letras verde claro, bonequinhos que se mexem na tela, jogos em java, musiquinha de fundo, radio ambiente, espaço para vídeos preferidos... coloquei tudo no blogue de uma só vez. Meu blogue é uma suruba de recursos exóticos. Em conexão discada demora uns 10 minutos para abrir... Clica, saia de perto e volta daqui a pouco.

Nessa minha história de blogosfera, aprendi que ser amado e odiado faz parte da brincadeira e vamos tentando seguir com a balança mais equilibrada possível.
Descobri que o legal é isso também.

Em tempo:
Certa vez eu li um post em um blogue que trazia o tema que abordei aqui, os sete pecados. Não lembro o post, não lembro o blogue, mas faz muito tempo mesmo (eu nem tinha blogue na época) e eu achei bem legal. Outro dia eu me lembrei disso e aí, eu pensei... e o que o saco de filó tem a dizer sobre os pecados da blogosfera?
Aí vai.
Quer dizer: aí foi.


Se bem que pecar mesmo é fica vendo a vida passar... de bobeira.
Bloga aí.

sábado, 31 de maio de 2008

Blogosfera: se bota lona vira circo, se bota muro vira hospício.

Escrever em blogues é expor o que se pensa ao mundo e a todo tipo de doido. Ou você ecoa com o senso comum ou encontra uma maneira de apresentar uma idéia de forma irônica e que leve as pessoas a pensarem o quão estapafúrdias são certas colocações/posições. Um texto sobre falta de fé das pessoas na sua capacidade se superar, vai sempre encontrar um camarada mal resolvido pela frente que vai ver nisso uma apologia ao ateísmo, um semear de descrença e ódio racial, por fim, uma manifestação de homofobia digna de processo jurídico.
Aí é que está o problema: cada pessoa constrói uma interpretação de acordo com o universo em que vive e suas mazelas e frustrações que afloram sob o anomimato da web (aqui posso ser eu, Paulo S., ou P.S. ou mesmo nem ser). É lugar comum, mas digo que a sociedade faz pessoas doentes, uns mais doentes do que os outros (assim como os iguais de Orwell) e, estas, quando não encontram as soluções para os problemas (às vezes, nem o sabem que os têm), vêem o mundo como algo hostil e tudo ameaça o frágil seu equilíbrio. Aí, insiste-se no conflito, no embate, na discussão, na disputa como se aquilo fosse a última fronteira que irá redimi-las e, quem sabe, curá-las. Mas não cura, e prossegue-se doente de blogue em blogue a caminho do elixir da sanidade que irá salvar sua alma. Segue uma busca pelo insano espelho em que projetará o ódio originado em suas frustações. E como dói.
Mas enfim, blogosfera é isso.
***
Situação: textos sobre medidas ilusórias (tom irônico)

- O texto fala sobre o problema das soluções "esparadrapos" de problemas graves.
- Então você é contra soluções... seu fascista!
- Não. Acho que tem que ser definitiva.
- Arrá... então você não suporta crítica...
- Não disse isso.
- Ah, não acha que sou digno de argumentar com você. Só argumenta se for te elogiando... arráá! Conheço seu tipinho...
- Nem pensei nisso. Muito pelo contrário...
- Arrá.. aí vem com ironia... seu canalha!
- Não tô ironizando. Falo sério.
- Arrá, quer dizer que não mereço nem sua ironia... seu homofóbico.
- De onde você tirou isso? Mas você...
- Eu leio nas entrelinhas.. conheço gente da sua laia. O jeito que você me trata diz tudo.
- EU te trato???
- Aí... tá vendo... Se não me trata, você me destrata, seu racista imundo.
- Mas de onde você tirou isso: eu nunca fui ...
- Seu nojento, todo mundo que diz que não é, é porque no fundo, pra mim, é. Conheço o dessa gente. Quem diz que é assume, quem diz que não é omite... seu podre.
- Mas peraí... o texto falava de soluções que são absurdas porque não resolvem...
- Cale a boca, não me censure. Não interessa. Eu te odeio. Odeio todos iguais você...

***
Você tem blogue? Não conhece um? Esquenta não... dias desses você encontra.

Em tempo: Aposto que vai ter comentário de gente dizendo que a critica foi para fulano ou beltrano... Não foi para ninguém, mas carapuça é fogo. Blogosfera é isso. Não ponha lona, nem cerque, por favor.
Se bem que, na atual cirscunstância, eu não sei se saio ou se fico...