Vivemos em uma triste e esquizofrênica era em que ser vítima é o sonho inconsciente de muitos que, enquadrados em uma minoria (sic) podem invocar para si direitos de proteção do estado e legitimação de qualquer asneira que ele fizer. Trabalhei com um cara, certa vez, que fazia muita besteira no ambiente de trabalho e toda vez que o acuavam ele disparava: fazem isso porque eu sou X.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Qual o preço da justiça das ruas?
Existe um abismo entre o que pensamos, o que falamos e o que fazemos. A sociedade criou um sistema de coerção (para o bem da nossa convivência) que permite que essas três instâncias da nossa existências sejam bem policiadas. O que fazemos é restrito por leis que limitam as ações e garantem os direitos de nossos semelhantes, o que falamos é limitado pelo senso comum e pelo politicamente correto que nos dá fronteiras em que nossas palavras seriam agressivas e feririam o próximo. Por fim, restou o que pensamos. Um território quase incontrolável e desprovido, muitas vezes, de todo e qualquer limite que não os definidos pelos instintos animais mais primitivos nossos, proteção, destruição, vingança e vai por aí.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Eu sou trabalhador, seu Doutor. E outras palavras que redimem

Se há testemunhas, não estava claro; se estava claro, não viram direito; se viram direito; o crime foi por legítima defesa. Mas legítima defesa??? Foi um roubo seguido de morte, latrocínio? Pois, então, a legítima defesa de não morrer de fome. Mas foi um carro que foi roubado!!! Pois então, roubara o carro para procurar algo para comer... Não havia um lugar sequer por ali que desse para ir á pé... e dinheiro para o ônibus não tinha. Pobre vítima do sistema.
O fato é que o rapaz era trabalhador e não merecia ser preso.
Pois sim...trabalhador do tráfico.
Mas trabalhador em um mundo onde só lhe deram essa oportunidade. Coitado.
A família da vítima já começava a se compadecer do bandido... O rapaz é trabalhador... mais uma vez e todos na sala se sentiam vagabundos diante daquele injustiçado trabalhador. O rapaz, em face de todas as acusações, curvava as sobrancelhas para cima e esboçava uma lágrima que escorria pelo rosto como água cristalina pela pedra.
Trabalhador.. repetia o homem.
Todos já entendiam tudo e sentiam até uma ponta de raiva da promotoria. Como é que pode? Acusar um trabalhador.... promotor canalha.
O rapaz é trabalhador... ecoou por fim.
E todos os males se desfizeram... abriram-se a portas do céu, mais um novo anjo voava por lá...
Um anjo trabalhador...
Em tempo: Tem gente que acha que existem palavras que redimem de todos os pecados... E o pior é quando soa o coro nessa nau dos insensatos. Quando pretendem isentar alguém e colocá-lo acima de qualquer suspeita, dizem: Ele é trabalhador, ele é pai de família, ele é um homem de Deus....
E esquecem que trabalhadores, pais da família e homens de Deus, entre outros, também cometem crimes.
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