Vivemos um tempo em que os únicos argumentos bons são aqueles que servem para provar aquilo que cegamente acreditamos e, se os fatos contradizem os argumentos, há algo de errado com os fatos. Exclua-os
Um exemplo é a falácia ad lapidem "Aí é totalmente diferente..." Normalmente, essa falácia encerra uma discussão com as reticências porque em 99,9% das vezes não vêm a explicação de por que razão é "totalmente diferente". Até porque a razão é: "porque esse argumento não me serve para mostrar por que você está tão errado e eu estou tão certo". E se tem uma coisa que as pessoas mais odeiam do que não ter dinheiro ou saúde é não ter razão. Abrir mão da razão é um desapego que só chega muito tardiamente com a maturidade.
As pessoas desaprenderam a troca ideias e a preocupação mais básica hoje é ouvir (quando ouvem) o outro para mostrar o quanto o outro está errado. Em momento algum, cogita-se a possibilidade de que, talvez, haja algo interessante na argumentação do outro e que deva ser levado me conta na maneira de pensar uma questão. Os diálogos, viraram, na maioria das vezes um campo de batalha para o vencedor erguer o seu troféu de palha e gritar para o mundo que venceu uma discussão no facebook ou em outra rede social.
Vencer uma discussão em rede social, por exemplo, é como ficar milionário... jogando Monopólio, o nosso Banco imobiliário.
Aí, aqueles amantes dos bate-bocas vão dizer... não... "Aí é totalmente diferente...""
É... réplica esperada.
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