O medo é, por essência, a base de toda prudência. Entretanto, como tudo na vida, quando vem em excesso, ele é o freio de todo crescimento. Se o medo em dose certa, nos impede de afundar em situações nocivas, em excesso, nos bloqueia e limita.
É fato que traumas pessoais no nível financeiro, emocional entre outros são gatilhos de um zelo com nossas atitudes, mas também disparam um medo que pode nos paralisar, que pode bloquear a vida para que se experimente situações novas nos mesmos níveis.
Um prejuízo em um negócio pode nos deixar muito ressabiados e desconfiados para assumir empreitadas da mesma natureza. Isso é bom, pois nos ativa o botão da prudência e nos permite ser mais criteriosos com as iniciativas. Mas quando perdemos a medida desse botão da prudência e mergulhamos em um medo de que tudo vai ser sempre igual aos fracassos anteriores, isso nos paralisa e nos afasta de oportunidades que poderiam nos trazer experiências muito engrandecedoras.
Na vida emocional, se vivemos um trauma em um relacionamento, tendemos a ficar mais cuidadosos com quem se aproxima da gente e, normalmente, passamos a entender que as coisas devem fluir, acontecer e todo relacionamento, para dar certo, deve ser um projeto de duas pessoas, não de uma só. Mas se o trauma de um relacionamento desastroso nos incute o medo paralisador, fechamo-nos e passamos a ver em cada pessoa uma ameaça. Tudo, então, fecha-se a toda forma de oportunidade de reconstruir algo.
Tanto em um caso quanto em outro, somos cruéis com o mundo por causa do mal que nos fizeram, fechamos as portas para grandes negócios, fechamos a porta para grandes amores.
O medo é a base de toda prudência sim, mas a prudência deve ser parte dos fatores decisórios na vida e não o único. Quando ela é o único fator, vira medo, paralisa, congela a vida nas experiências negativas que vivemos.
O medo nos aprisiona em um passado de dor e fechas as janelas dessa prisão.
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