quinta-feira, 28 de abril de 2016

Minhas queridas lendas urbanas


Sem saudosismo da aurora da minha vida (ao estilo de Bilac), mas sabe que, em face ao que tenho visto no novo universo de lendas urbanas, sinto uma ponta de nostalgia. Tempos em que tínhamos medo da loira do banheiro.
- O quê? Você nunca ouviu falar da loira de branco que aparecia no banheiro da escola? Tinha sempre um colega do vizinho do primo de alguém que deu de cara com ela.

Sempre achei que ela fosse parente de uma outra loira que dançou a noite toda com um cara e quando ele a levou para casa... Pasmem: ela morava no cemitério... brrr Caramba! Desse cara nunca mais se obteve notícias... Como ficaram sabendo da história então? Isso é a outra parte do mistério.
Na cidade onde nasci, os mais antigos juravam que um tal seu fulano, filho de dona sicrana, há muito tempo atrás fez pacto com o tinhoso e, nas noites de lua cheia, virava lobisomem. Tem até quem o visse com fio de roupa de vítima preso no dente durante o dia enquanto exibia sua aparência pálida, magra e soturna. Tudo isso somado aos maus hábitos de higiene bucal, é claro.
Na minha adolescência, dezenas de pessoas juravam que o disco da Xuxa, quando ouvido em um volume alto, ao contrário trazia palavras de adoração ao diabo. Nossa, a loirinha fez um pacto com o cão... por isso aquele sucesso todo! Huummm fazia sentido... Eu mesmo, quando a ouvi cantando Ilariê sentia um desejo incontrolável para mandá-la para o os quintos dos infernos... Deve ser isso então. Explicado. E o boneco do Fofão que trazia um punhal para rituais satânicos dentro dele: uma espécie de kit para magia negra. Quantos bonecos do fofão não foram destroçados só para saber se havia o tal punhal.
Eu nunca vi um desses, mas soube do primo de um colega do vizinho de um colega de sala meu que pegou o punhal e ficou transtornado, possuído. Por precaução, eu e um amigo deixamos o Fofão da irmã dele intacto. Não se brinca com essas coisas.
Hoje, temos os catadores de órgãos, os injetores de vírus, os perfumadores loucos, os vendedores de órgão de criancinhas que andam em Kombis, sem falar na nas apavorantes correntes de internet...
Sei lá... o pessoal pega pesado hoje.
Eu queria mesmo era um mega embate: um molequinho transtornado com o punhal do Fofão com a Loira do banheiro... assim, transmitido pela ESPN e pela Sport TV.
Direto do Banheiro da escola.

38 comentários:

(Didixy) Conquistadores disse...

Muito bom o texto como sempre. Nostalgia pura mesmo ein.

Eu tive um fofão, fiquei doente e quando minha mãe ficou sabendo disso, jogou ele fora...ahahahah

É coisas boas que não voltam mais , hoje nem tem isso mais. Hoje os medos da vida é tudo virtual. Esquece loira do banheiro, esquece fofão, boneco assassino e tudo mais .

E o chupa-cabra...lembra?
Eu tinha medo dele...rsrsrsrs

Lidianne Andrade disse...

um cronista, muito bom

Carlos Macêdo disse...

uhauhuauhauahhua esse post me fez lembrar das lendas urbanas da minha infancia.... muito engraçado....tinha lendas do cinema (eram várias)

uahahuahuauah

flw!

Flávia disse...

Não sei qto a loira do banheiro (acho q ela só entrava na dos meninos, por isso não vi)rsrs.
E tinha tbm o velho do saco (não sei se era d filó, e q andava a pé)rs, mas o Fofão... Vai q tem um "fundinho" d verdade? rs Ainda bem q fui poupada desse presente infeliz! rsrs

Ah! E não faça pouco das correntes da internet. Pode acontecer algo mto ruim c/ vc em 3 dias. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Abçs!

JLM disse...

Morei em Rio Verde/GO na minha adolescência e nessa época teve um cara que atacava garotas estudantes. Ele se vestia de preto e usava um chapéu preto também, que quando tirava mostrava dois chifrinhos vermelhos pra elas. Uns dizem q era o demo, outros q era um doido jogava ácido, no final mudei de lá sem saber oq tudo isso virou, mas lembro q a histeria era total na cidade. Se alguma das hipóteses era verídica não descobri, só sei q foi assim.

Quanto à música da Xuxa ao contrário, tem alguns vídeos no Youtube tentando "provar" isso. Vai do nível de credulidade de cada um.

1 abraço.

Anônimo disse...

Esse novo folclore que cresce nas grandes cidades pode ser muito interessante de ser analisado.

Assim como o Saci e o Curupira eram íncones de um modo de vida, baseado no rural, na crendice, o folclore urbano explica muito da gente - nossos medos, expectativas, frustrações.

Acho estranho ainda a tia do pré não abordar lendas urbanas com as crianças. É a cultura delas, poxa!

Mas é bom que ainda temos lendas pra contar. Enquanto elas existirem, estaremos vivos.

Parabéns pelo blog e pelo comentário de anteontem. Fico feliz por ter dado algum tempero diferente no dia de alguém.

Sombra, o Homem disse...

belo texto... bem empolgante!
o fofão, podia até não ser um punhal pra rituais... mas até q oferecia perigo se a cabeça fosse arrancada!!!
minha mãe tb teve o prazer de joga-lo fora!!!


www.1irmao.blogspot.com
www.tirashd.blogspot.com

Carolina disse...

Ah, essas são também da minha época. É claro que as versões variam um pouco.

A versão que conheci da Xuxa fala também dos sacrifícios de criancinhas. Tudo ao diabo!

Já o fofão. Sempre tive medo dele! Eu sabia que ele tinha um 'q' de encapetado.

Lomyne disse...

Seria um excelente embate, a ser resolvido no gel, para ficar melhor. Se não fica muito TeleCatch. Não, não é do meu tempo, mas nós dois sabemos do que se trata.

O que posso te dizer é que meu fofão sobreviveu inteirinho e quanto à Xuxa, quem diabos escuta um disco ao contrário? E a fama dela eu acho que veio das revistas pornô e do Pelé mesmo... Será o Pelé o diabo?

marcela primo disse...

§

Também lembro que, à noite, as unhas da Xuxinha (a boneca) tornavam-se garras afiadas que retalhavam as criancinhas.

Por via das dúvidas, minha mãe nunca me deu nem Fofão nem Xuxinha! :-D

Ah, também tinha o homem do saco que... (peralá... qual o nome deste blog?)...

=x

§

Ruiva disse...

Acredita que eu tinha esquecido da loira do banheiro?? mas ae, dia desses, meu aluno de três anos ficou com medo de ir sozinho ao banheiro, por causa da tal loira. agora EU, nos momentos em que nenhuma pedagogia tradicional dá jeito na fera, assombro ele com a idéia da loira pegá-lo. hehehehehe
e viva a lenda urbana!!!!!!!!

Alcione Torres disse...

Puxa, lembro de todas essas lendas! rsrsrs
A do Fofão acho que foi a que mais marcou, pois muita gente queimou o boneco!!
Muito bom seu blog! Parabéns!

http://sarapateldecoruja.blogspot.com/

ED CAVALCANTE disse...

AS LENDAS URBANAS SOBREVIVEM ATÉ HOJE. A SÉRIE "SUPERNATURAL" QUE ATUALMENTE FAZ SUCESSO NO MUNDO TODO, TEVE VÁRIOS EPISÓDIOS BASEADOS EM LENDAS DE LÁ (EUA) E DE VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO! QUE MÊDAAAAAAA!

Daniella Souza disse...

ADOREI!!!

Diante do seu texto, eu preciso confessar uma coisa...
Eu MORRIA de medo da tal loira do banheiro!
Evitava de todos ou jeitos ter que entrar nos banheiros das escolas...rs rs

Bjo

Anônimo disse...

Nossa, essa lenda da loira do banheiro é clássica, vivi ela na escola, a gente saia correndo de lá de dentro, se não me engano, pra chamá-la você tinha que fazer um mini ritual, com combinações de palavras e batidas na porta, dai a molecada saia correndo. :)

Tinha outra também do palhaço assassino, essa corria solta aqui na cidade antigamente, e olha que nem é cidade pequena.

Sobre a Xuxa, coitada da moça, ja ouvi muitos boatos sobre as músicas dela, e a do Fofão desconheço sobre o punhal, mas foi sinistro hein.

Nos visite também.

Bruno Monin > BloGZinho.com

Stanley Marques disse...

Que post interessante. Muito bem escrito. Criativo pra caramba. Sobre as famosas lendas urbanas, tinha uma na minha primeira escola. Cara! Relembrei minha infância uhauhauhauhuha. Muito, muito bom. Parabéns pelo excelente texto.

http://www.antologiaracional.com/
parceria?

Anônimo disse...

Nunca tive um fofão, lembro que queria um e pedi muito para minha mãe... ao invés do fofão, ganhei um topo Gigio, com o argumento de ser um pouco mais bonitinho... ainda bem... boa escolha fez minha mãe... hehehe!!
Bjus

http://soentreelas.blogspot.com/

Anônimo disse...

minha vo jurava ki quando era criança tinha sido perseguida por um lobisomem em plena luz do dia...

http://blogdatolinha.blogspot.com/

Euzer Lopes disse...

Estas lendas urbanas estavam (sim, porque você foi mais rápido) me inspirando a fazer um post no blog (falando nisso, você não passou nos posts anteriores ao último - eram textos que eu adoraria ver comentários seus).
Aqui em Bauru havia uma mulher que sofria de uma deficiência mental. Ela tinha uns 16 anos e cerca de 80 quilos dentro de um metro e sessenta. Ela usava um pano cobrindo os seios imensos. Andava a cavalo sempre sem sela (ou é com C? Pintou a dúvida agora). E vivia circulando o Tiro de Guerra, azucrinando os "recos". Daí o nome dela: "MARIA TG". Faz uns 25 anos que nunca mais foi vista.

Gustavo Ganso disse...

Saudações.

Como sempre, ótimo texto. Eu lembro do meu pai contando super preocupado por causa do cara que levou injeção de aids.

Porque mesmo depois de tantas histórias continuam a acreditar e a se preocupar? Talvez porque elas mexam com os temores mais profundos? (Aids e cia)

Afinal mesmo se protejendo com preservativos, nunca se sabe quando um maluco vai te espetar no meio da rua.
Mas não acho que o pessoal pega pesado, mudam as épocas, mudam as histórias, mas as melhores continuam até hoje, palmas para o inventor. Um dia eu invento uma.

Até
Gustavo Ganso

Tyler Bazz disse...

Fato! As lendas antigas eram beeem mais legais...

Hoje em dia, pra assustar a molecada, loira do banheiro não dá! Tem que ser algum vilão de desenho japonês......

Alessandra Allegr!a disse...

hahaha

A mulher Loura, é filha do velho do saco, vc sabia disso?
Amei...
rs
beijos

Alyx Hawk disse...

Olá!

Parabéns pelo seu post! Eu tenho saudade desse tempo, eu era feliz e não sabia, rsrs. Agora eu me ferro trabalhando iagual a um cavalo, ou melhor, um robô.

Visite meu blog tb, eu reformulei e voltei a postar depois de 6 meses de reclusão, rs. Espero que goste!

Abraço e continue o bom trabalho!

Elisete disse...

Cultural seu blog, achei bem legal. Parabéns professor.

Tragicomicuzinho disse...

ta vendo descarga, neh??

ahushUAHSuAHSuHAS


n acredito em nd disso.


HUAShuAHSuhAUS


embate foda... cadeia nacional e AO VIVO!!

Anônimo disse...

Ôôô Aurora que não volta mais...

Enô disse...

Muito bom profesor!!!
Voltei em minha história, passei por cada historinha dessa, muito engraçado.

Senti saudades de suas aulas, quando fazia esses tipos de comentários.

Parabéns!

Enoemis - Campo Grande

Greta Manilla disse...

Hahhahah!
Cara, eu nem sou tão velha assim mas essas lendas urbanas fizeram parteda minha infância. Eram contadas geralmente depois das dez, quando os vizinhos já se encontravam amalocados em suas casas e a rua completamente vazia. Tinha um medo danado. Não podia ver um canto escuro que já imaginava um desses seres vindo. Como se viessem tirar satisfações por estarmos falando deles. Hoje em dia não estou muito inteirada das lendas urbanas. Mas, essas que você citou são realmente medonhas e terrivelmente possíveis. O.o

Abraço. Você escreve maravilhosamente bem. Parabéns.

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Marcelo!

As lendas urbanas fazem parte do nosso imaginário soacial e creio que é uma forma da gente tenatr explicar o mundo por meio da fantasia, do sobrenatural. Aqui em BH tem a lenda da loira do Bonfim - um cemitério mto antigo da cidade, no qual os motoristas avistavam um loira, na porta do cemitério à noite.

Por anos as pessaos evitavam de passar na porta do cemitério à noite por causa da Loira. Até q a lenda foi se perdendo e hj as pessoas não passam mais na porta do cemitério à noite com medo de serem assaltadas...hehehe

Novos tempos, outras histórias....hehehe...rs

Aqui, fiz um post sobre fotojornalismo. É uma entravista muito bacana, acho q vai gostar.

Te espero lá no Café!

Abcs,

=]
___________________________
http://cafecomnoticias.blogspot.com

Anônimo disse...

Até hoje o meu irmão sustenta a idéia de ter achado um punhal dentro do meu Fofão, se é verdade, não sei. Sei que ainda hoje, não sou capaz de dar descarga e falar "aqueles" nomes feios. Mas, num é por medo não, é só mesmo precaução! (risos)


Adorei esse saco!!

:*

Marcos Costa Melo disse...

Ah, as lendas urbanas, eu me lembro do medo que tínhamos do "homem do saco", das balas envenenadas e, na adolescência, o medo de ficar sem os rins na balada...hehe

abs

Sammyra Santana disse...

aiiiii, já fiz xixi nas calças com medo da loira do banheiro e quaimei meu fofão pra espantar o coisa-ruim q tinha dentro dele!
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
crianças...
um dia vou escrever sobre isso!
Abraços

Lucilua nova fase... disse...

Realmente,em 80/90 ocorriam várias lendas urbanas. Onde moro tinha o jogo de perguntas com o abecedário em papéis, com copo d'água+tesoura.Todos tinham medo de jogar,perguntar,das respostas,pois diziam que vinha um espírito sei lá de onde para responder e que ele não voltava para seu devido lugar acaso fizesse o jogo na escola,no banheiro...E muitas outras lendas.Adorei o texto.

Gustavo J. Barreto disse...

aff...nunk acreditei nisso e não vai ser agora.

disse...

Uma coisa é certa: haja criatividade para inventar e difundir tanta história 'boa'!!

Fiquei impressionada com a do Fofão, nunca tinha ouvido falar...
rs

Abço

Anônimo disse...

é assim q se fala....
bom, o que eu acho erra do é o racismo...
pow, pra q julgar o carro preto?
só por ele ser negro?

o brasil tem que a cabar com isso...
as criancinhas podem parar te ter medo do carro preto...


abraço


http://veriversun.blogspot.com/

Dedinhos Nervosos disse...

hahahha Já ouvi falar de todas essas lendas. Aqui em Vitória, a Loura tem outro nome: Mulher de Algodão. Ela era uma professora que foi assassinada pelos alunos a facadas e colocaram algodão nos cortes. Só não sei pra que! ahhaha
Uma vez, quando eu e outras amigas estávamos no banheiro (ninguém se atrevia a entrar sozinha lá), os meninos da sala jogaram tufos e tufos de algodão cheios de merthiolate (com escreve?) pela janela. Imagina a correria e a gritaria? haha Se eu sofresse do coração, teria desencarnado ali mesmo.
Bjos!

Dário Souza disse...

Desses todos o mais aterrorizador msm sao as correntes que mandam pela internet.Faltou o homem do saco,minha vo contava direto a história do homem que pegava as criancinhas mal criadas e colocava no saco,teve ate um episodio do chaves com isso.