Outro dia, ouvi uma pessoa dizer que basta ela ver que alguém curtiu alguma coisa relacionado ao Dep. Bolsonaro que ela o exclui de seu facebook sumariamente. Logo depois, escutei outra pessoa falando que quem vota no Jean Wyllys não tem o direito de abrir a boca para nada. Dois extremos, dois opostos, a mesma intolerância. Às vezes, tenho a impressão de que se pudessem, os partidários tanto de um quanto de outro calariam os que pensam diferente deles com a mesma força e truculência de qualquer estado autoritário. Isso me dá medo. Os partidários de ambos não percebem que se trata de dois oportunistas que acharam nessas causas-clichês um público que compre seu discurso e a oportunidade de se manter no poder eternamente e mais dois meses.
Os crédulos lutam por seus heróis (sic) de maneira pueril como se sua vitória fosse a vitória de seus ídolos. Disputam a razão para erguê-la com um troféu idiota e sem sentido que lhe garante o direito de levantar uma bandeira de paladino por um mundo melhor.
A ingenuidade de ambos os lados me impressiona. Nenhum dos dois parlamentares com seus discursos clichês do Clichê consegue me vender a ideia de algum tipo, mesmo que distante, de idealismo.
Terminada uma discussão que presenciei entre "direita" e "esquerda" ambos os colegas entraram em seu carro popular versão básica financiado a duras penas e foram para suas casas alugadas fazer as contas para ver se o dinheiro dá até o final do mês.
Enquanto isso, em Brasília, Bolsonaro e Jean Wyllys, vivem no luxo dos altos salários, mordomias parlamentares, infinidade de assessores, luxo, champagnes, carros caros e viagens pagas pelo contribuinte.... No canto da boca, brota-lhes um sorriso cínico quando têm notícia de alguma discussão mais acirrada sobre o que "defendem/vendem" e vislumbram no horizonte mais 4 anos de mandato, luxo, vantagens e tudo que a vida parlamentar pode oferecer a eles. Isso sem falar na doce imunidade parlamentar que confere a eles a imoral impunidade e sustenta o corporativismo.
Por favor, continuem financiando o champagne e o caviar deles... Suas excelências agradecem.
Em tempo
Então, os partidários de um ou outro se ofenderiam e diriam ao ler este texto que eu tenho que ver que.... Não eu não tenho que ver nada. O problema definitivamente não é o discurso deles, o problema não são eles. O problema sou eu, uma parcela da população que contra todas as obviedades, resolveu pensar por conta própria. Obrigado, mas eu não tenho que ver nada.
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