segunda-feira, 1 de junho de 2015

E que sejam indulgentes comigo...

A vida cruelmente levou boa parte dos meus cabelos. Sinto saudade deles.... Isso é fato. Mas ela nunca leva nada sem deixar algo em troca. Nesse mês, faço 44 anos biológicos e ainda custa-me acostumar com as leves rugas e marcas de expressão que trago no rosto. O rosto no espelho é meu aos poucos. 
Sinto-me mais inteiro para meus filhos, amigos, esposa, pais, cada vez mais consciente do meu lugar e dos meus propósitos. E por que não melhor também para meus alunos... Acho que o que eles têm, hoje, não é nem sombra do que os outros tiveram no passado. Consigo entendê-los de uma maneira que eles jamais conseguirão imaginar. Consigo me moldar para tentar ser melhor, ou pelo menos, menos incompatível com as expectativas deles de um educador.
Confesso que tenho dificuldades mesmo é com adultos na faixa dos 30. Tão cheios de certeza, tão convictos, tão definidos, consolidados em suas bases ideológicas e não percebem que não são os mesmos nem com relação ao minuto anterior.  Eles têm sempre a certeza de uma coisa e acham que aquele que discorda dele é seu inimigo, um ser inferior. Vejo que todos somos meio assim nesse época da vida, vejo em muitos deles o quanto já fui igualmente tolo.

Entretanto, por política pessoal, opto por me calar porque todos temos um tempo da tolice e isso deve ser respeitado. Espero também que aqueles que tem 50 e poucos, 60 e poucos e vai por aí, tenham a mesma indulgência comigo, esse tolo, que a única coisa que tem de diferente dos mais novos é a certeza de sua estpidez e a legitimidade de suas dúvidas.

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