Quando eu era mais novo malhava para ficar sarado, hoje, malho na expectativa de não ficar doente. E isso me basta. Fico realmente impressionado (e penalizado) com as pessoas que andam obcecadas por isso e acredito que os vermes ficarão satisfeitos ao devorarem um defunto tão em forma no futuro.
Vejo uma obsessão que tomou conta das pessoas em não comer nada, malhar muito, tirar medidas para ver se a delas se encontra perto da perfeição e, na verdade, nunca se encontram, pois a perfeição é como a ponta do nariz para os olhos. Quando um chega, o outro já está um pouco à frente.
Na verdade, gosto de gente normal. Se bunda está rígida ou as coxas são musculosas e a barriga tanquinho, isso é absolutamente dispensável. Gosto de gente que gosta de conversar sobre cinema, livros, música, séries de TV, computador, games etc. Não faço questão que percentuais de gordura baixo, mas adoro gente que sabe avaliar uma situação, discutir e chegar soluções juntos. Gosto de gente com percentual de bom senso alto. Abriria mão, sem pensar duas vezes, de uma bunda malhada, por um sorriso meio ingênuo, meio sapeca e uma companhia sempre de bom humor.
Enfim, acho que IMC não pode ser prioridade, mas sim IAC, o índice de Agradabilidade de Convivência que pode ser medido pelo tempo que você se sente bem ao estar do lado de uma pessoa.
Penso que se você passa mais tempo malhando do que lendo, assistindo a bons filmes, refletindo, planejando, realmente, você está exercitando a parte errada. O corpo não é um fim, mas um meio. Saúde não pode ser confundida obsessão estética, um distúrbio, que, ao contrário do que se pensa, atinge cada vez mais pessoas tornando-as menos... pessoas.
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