segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Loucura não é contagiosa

Se o seu parceiro ou sua parceira, ou seu colega de trabalho, ou seu amigo de infância é desequilibrado isso é um problema que começa e termina nele. Torna-se um problema seu quando, na convivência, extrapola os limites dele e faz de você alguém desequilibrado também. 
Há pessoas que possuem obsessão com o corpo, com mania de limpeza, com perseguição, com doença, enfim, mania de alguma coisa que a classificaria como um biruta socialmente enquadrado. 

- Você é louco?
- Sim. Mas só socialmente.


O grande desafio nessa vida é nos blindarmos da birutice contra outro e, ao mesmo tempo, não fazermos dos outros vítimas da nossa insanidade. Ninguém merece a nossa loucura compulsória.
Como exercício pessoal, aprendi a ouvir, prestar atenção e saber entender que aquela atitude insensata dom momento não está em mim, mas no outro. Ou mesmo perceber que estou agindo de forma irracional e tomar os cuidados (possíveis, obviamente) para que meu desequilíbrio não respingue no próximo.
Tem sido um exercício cotidiano de décadas. Àrduo, repetitivo e continuo…
Enfim, quase enlouquecedor.

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