Escrota é a palavra mais escrota que eu conheço. Sempre fiquei pensando se não é pela associação do sentido ao referente. Afinal, escroto é um negócio escroto. Aliás, órgãos sexuais são coisas que ficam bem escondidinhas exatamente por sua carência de atributos estéticos. Beleza fica no corpo como um todo, no rosto e não lá, embaixo, escondido. Onde deus definitivamente optou pelo funcional e não pelo estético, dispensou o arquiteto e deixou o engenheiro por conta da obra.
De outra forma, se primasse pela beleza, ficaria onde fica hoje o seu rosto e estaria em sua carteira de identidade estampada, lá.. para todo mundo ver. Mas o fato é que a palavra escroto ganhou uma conotação tão genérica que se expandiu para categorias. Outro dia eu ouvi o termo, fulano é um subescroto (sem hífen mesmo). Caramba, imagina o que é ser subescroto. É ser algo (ou alguma coisa) que precisa se esforçar para ser escroto quando melhorar de padrão existencial. Enfim, é o fim.
Eu gosto mesmo é da palavra coisa. Serve para qualquer coisa (viu). Expressa ideias quando temos uma coisa a dizer ou vira objetos quando perdemos uma coisa ou compramos uma coisa. São sentimentos quando dá uma coisa dentro do peito ou vira verbo quando vemos alguém com um negocinho (essa é minha segunda palavra preferida) na mão coisando algo.
Enfim, coisa é tudo que precisamos quando vamos dizer uma coisa. Coisa é a coisa mais útil que existe.
Só não me agradam as coisas escrotas... essas não.
P.S.: As bochechas do Fofão sempre pareceram indecentes...rs Escroto, né...
Um comentário:
Quanto à beleza de órgãos genitais, há controvérsias.
Gostei do termo subescroto, mas não gostei sem hífem. Vou usá-la mais vezes.
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